quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Casa de Pedra Shopping Vila Olímpia


Quem passa pelas ruas Fidêncio Ramos e Gomes de Carvaho, nem imagina (na verdade eu também não acredito muito), que o novo Shopping Vila Olímpia irá abrir as portas em pouco mais de 20 dias.
Uma multidão de trabalhadores ocupam as ruas do entorno, degladiando-se com máquinas, caminhões e tratores, que tentam a todo custo terminar a obra no prazo. Ahhh... Diga-se de passagem, o prazo é: Shopping aberto ao público dia 25 de novembro.
Como não poderíamos deixar de contribuir com o caos... perdoem-me os que frequentam aquela região, teremos mais uma loja Casa de Pedra em operação neste novo shopping.

Assim que eu tiver notícias comunico a todos e convido para a inaguração... A loja Casa de Pedra estará no piso térreo e aguarda sua visita!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Montanhista com orgulho!


Você é escalador? Envergonhe-se disso ou começe a mudar agora. Qual é a premissa número um para você ser chamado de escalador? Quem respondeu escalar está enganado. Infelizmente a premissa número um de um escalador é: ser preconceituoso, ser reclamão, falar mal dos outros, achar que a modalidade que pratica é mais nobre, melhor ou mais importante que a do outro, e por aí vai; pelo menos para grande parte dos "escaladores". Uma vez deixada bem clara essa premissa digna de vergonha, e se por acaso você também escala, aí sim você é um legítimo "ESCALADOR". Sem dúvida uma realidade triste e vergonhosa. Motivos para tal fama não faltam, vamos lá que a lista é extensa: - Você começou a escalar em ginásio? Eu comecei na rocha! Muito mais "roots". - O point onde eu escalo é muito melhor que o seu. - O tipo de rocha daqui é muito melhor. - Paulista, carioca, paranaense, mineiro... é muito melhor. - A academia que eu escalo é a melhor. - Escalar na rocha que é melhor. - Pq competir é coisa de babaca. - Vc compra mosquetãozinho novo na loja, vc é playboy. - Ó o cara de sapata nova! A minha já ressolei 35 vezes! - Você mandou com as costuras colocadas eu entrei sacando!!! - Porque tal lugar as chapas tão muito próximas vamos boicotar. - Ah, ele só mandou aquela via porque trabalhou 3 meses direto, queria ver se só fosse de fim de semana que nem eu. - Não vou lá porquê foi Fulano que abriu as vias. (detalhe, o cara nunca viu Fulano na vida, só ouviu falar). - Esse aí não anda mais que 50 metros até a base da via, eu já caminhei por 17 horas!!! - Assim até eu, alguém passou a corda antes. - Fez com oxigênio?!!! Ahhhh... Eu acredito que uma das raízes do problema está no nome da atividade e a falta de conhecimento a seu respeito. Vou explicar melhor. Se um cara anda de bike é ciclista, ele pode treinar para uma prova olímpica em um velódromo, fazer downhill de Mountainbike ou freestyle numa pequena aro 20", que são esportes completamente diferentes, com treinamentos, técnica e objetivos completamente distintos, e qualquer um sabe e vê isso nitidamente, que ele continuará a ser um ciclista. A única coisa comum entre modalidades tão diferentes é o nome, CICLISMO. Claro que um cara que faz Freestyle não vai falar mal de um competidor de Tour de France, pois é nitidamente tão óbvio que estamos falando de coisas diferentes, que nem cabe a comparação. Exatamente aqui surge o problema da escalada! Na escalada as diferenças não são tão claras, pelo menos para os leigos. Porém nós escaladores, deveríamos enxergar isso de forma mais nítida. Quando falamos que alguém é escalador, montanhista ou generalizando, um Alpinista. Colocamos na mesma bacia, um escalador de Boulder com outro de uma via esportiva, com um terceiro que curte um bigwall, ou mesmo uma escalada mista, cascatas de gelo, expedições e alta montanha, e por fim um atleta de competição. Pois me diga: Qual a semelhança entre alguém fazendo Boulder e outro escalando o Everest? Como podemos comparar os objetivos e anseios de um escalador de competição com outro fazendo um bigwall em Yosemite? Como podemos sequer comparar o comprometimento psicológico de uma escalada em artificial A5 com uma via esportiva do Cipó? Como comparar o porte e condicionamento físico de um esportista trabalhando um 10º grau com outro expedicionista de alta montanha. São atividades tão distintas, tão diferentes, com objetivos, perfis, imersão e autoconhecimento do praticante tão diferentes, que me atrevo a dizer que temos apenas uma características em comum: o nome. Tire a mão do saquinho de magnésio por um minuto, coloque-a na consciência e aprenda a entender as diferenças de cada escalador, de cada modalidade. As vezes o motivo que o levou para a escalada pode não ser o mesmo de quem está logo abaixo de você te dando segurança. Por diversas vezes escalando em lugares na Europa, onde sei que dificilmente voltarei tão cedo, quantas vezes não dei segurança para um parceiro que ficou trabalhando uma via por horas, e na minha vez eu escalei com duas ou três quedas e nem me preocupei em repetí-la. Simplesmente porquê meu objetivo não é encadená-la, mas sim partir pra próxima e depois pra outra, e conhecer outras linhas mesmo que faça roubando num lance que sei que está longe do meu limite. Tudo bem, posso não ter mandado, mas lhe garanto que na minha ótica me diverti e conheci muito mais. Pois o meu objetivo não é o grau e sim o "subir", curtir, tentar e cair. Está certo quem quer trabalhar uma via até a exaustão e poder se superar e superar o grau. Está certo quem quer curtir e cair e partir pra próxima. Está certo quem quer a liberdade do Crash Pad, magnésio e sapata numa tarde de sol em Ubatuba. Está certo quem quer fazer a Domingos Giobbi em 5 horas, ou quem quer fazê-la em 3 dias. Está certo quem quer livrar um artificial ou apenas repetí-lo sobre os estribos. Está certo quem quer perrengar e carregar equipo, e montar acampamentos e fazer uma montanha sem oxigênio, assim como está certo o cliente de uma expedição comercial. Respeite a ética do lugar, respeito o próximo, respeite o local e a natureza. Não faça barulho, não incomode, não deixe rastros, curta a sua modalidade, da sua escalada, no seu estilo, com os seus objetivos, e diga com orgulho: EU SOU MONTANHISTA.

sábado, 17 de outubro de 2009

Aprendendo com acidentes


Aconteceu neste último mês de outubro de 2009 o quarto “acidente” nestes mais de 11 anos de história da Casa de Pedra. Vamos considerar como “acidentes” somente aqueles onde, durante uma escalada com corda, o escalador caiu até atingir o chão. Incidentes como: luxações, ombros fora do lugar, escoriações, pés e tornozelos torcidos ou quebrados, principalmente na prática de boulder, já tivemos muitos outros. Ao contrario do que muitos podem pensar, nunca escondemos ou acobertamos fatos como esse, mas sim tentamos aprimorar procedimentos e regras de segurança no ginásio, aprendendo a cada novo acontecimento. E é justamente para aprender e compartilhar com toda a comunidade escaladora que escrevo aqui os fatos. Obviamente não vou citar os nomes dos envolvidos, portanto trataremos apenas de “escalador” e “segurador”. Histórico dos praticantes: Tanto o “escalador” como o “segurador” eram “clientes de fim de semana” porém os dois já haviam escalado por diversas vezes anteriormente. No dia do acidente ambos permaneceram escalando por mais de 2 horas e o acidente aconteceu praticamente no horário de fechamento do Ginásio. O “escalador” acidentado havia comentado que a via seria a saideira, antes de irem embora. O acidente: Apos completar a via em top-rope, o escalador avisou que havia terminado a escalada e “sentou” na corda normalmente. Com o grigri travado e todo o equipamento passado corretamente, o segurador começou a soltar a corda lentamente. Após descer pouco mais de 2 ou 3 metros, o escalador começou a ganhar velocidade e terminou batendo no chão praticamente sem nenhuma resistência do freio de segurança. O escalador caiu no colchão de segurança praticamente sentado e rolou pelo chão. O socorro aconteceu prontamente pela equipe do Ginásio e voluntários. Ninguém mexeu no escalador e este foi levado ao hospital, pela equipe de paramédicos do corpo de bombeiros, onde passou por diversos raios-X de coluna e tomografia. Uma leve suspeita de trinca de vértebra o deixou em observação, e felizmente, o mesmo saiu andando após alta no dia seguinte. Sem dúvida alguma um susto enorme para todos, mas sem maiores conseqüências. Conversando com os envolvidos: Na quarta feira seguinte ao acidente, eu recebi os dois envolvidos para uma boa conversa e chegamos a seguinte conclusão. Após começar a descida normalmente pelos primeiros metros, uma sessão mais lisa da corda fez com que a velocidade de descida aumentasse abruptamente. Neste ponto o “segurador” se assustou e ao invés de soltar a mão da trava do gri-gri, acabou mantendo-a liberada, inclusive queimando a mão que estava na corda. Meu veredicto: Com disse no início do texto, este foi o quarto acidente e todos eles tiveram uma característica em comum. Ao tomar um “susto”, por qualquer que seja o motivo, ao invés de soltar a trava do Gri-gri, os seguradores acabaram “congelando” com a mão na trava, mantendo-a aberta. Na minha opnião o Gri-gri tem inúmeras vantagens, principalmente num ambiente de alto fluxo como um Ginásio, porém essa “falsa” segurança que a trava automática nos proporciona, acabou criando uma cultura de “não importância” à mão que mantemos na corda. O escalador de Ginásio ou esportivo hoje, e não digo somente aos iniciantes não, pois já peguei muito macaco velho sem a mão na corda, acabou deitando em cima da “trava automática” e a boa e velha posição de segurança, com a mão da corda firmemente travada abaixo da linha do quadril, deixou de ser o padrão. Voltando um pouco ao acidente ocorrido, lembre-se que a corda gasta e “engrossa” de forma diferente ao longo dos metros. Principalmente num top rope, onde o desgaste dos primeiros metros é muito maior que dos últimos. Desta forma a descida do escalador nunca será linear. Há áreas de maior e menor atrito, portanto a importância da mão na corda é fundamental. Conclusão: Por parte da equipe da Casa de Pedra - Faremos uma série de clínicas com nossos instrutores, a fim de reforçar aos clientes e usuários do Ginásio a importância da posição correta da mão da corda, e a importância de descer lentamente o escalador sempre ao fim da via. Reforçaremos a vigilância dos clientes e seremos mais “chatos” na fiscalização. Por parte dos escaladores - Qualquer que seja o equipamento, com ou sem trava automática, lembre-se que a “mão da corda” é quem efetivamente trava o escalador. Mantenha a posição correta de segurança, mantenha a “mão da corda” sempre firme. Ao descer seu parceiro, abra completamente a trava do gri-gri e faça o controle da descida somente com a “mão da corda”. Nunca utilize a trava do gri-gri como uma “embreagem”. Agradeço imensamente à toda a equipe da Casa de Pedra, mas principalmente a Mieko Makino, que com uma preocupação digna de mãe, acompanhou a todo o momento os envolvidos no acidente.
Boa escalada a todos, Alê Silva.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Sapatilhas BOREAL com exclusividade na Casa de Pedra


Embarca ainda esta semana, na Espanha, o primeiro lote das renomadas sapatilhas de escalada Boreal, que serão vendidas com exclusividade nas lojas Casa de Pedra, já a partir deste fim de ano. Foi em 1980 que esta fabricante espanhola de calçados criou o primeiro calçado com “sticky rubber”, ou seja, com solado de borracha super aderente à rocha que revolucionou e impulsionou tantas outros fabricantes a fazer o que hoje conhecemos como sapatilhas de escalada. Inicialmente serão comercializados 5 modelos que atenderão desde o escalador iniciante, até o atleta de alta performance, bem como modelos para várias características de vias. São elas:
Joker Velcro – Extremamente versátil, confortável e com boa sensibilidade, é a sapatilha ideal para uso prolongado em qualquer tipo de escalada. De boulder e vias esportivas, a clássicas e bigwall. Possui entre-sola em EVA nos calcanhares para melhor amortecimento e fechamento com velcro para maior praticidade.

Ace – Definitivamente a sapatilha para todo terreno. Ideal para vias longas, clássicas e de aderência.

Diablo – Modelo de sensibilidade e firmeza da sola moderada. Ideal para iniciantes e escaladores intermediários. Excelente ferramenta para treinamento, vias clássicas e esportivas.
Falcon – Sensibilidade e maleabilidade definem este modelo ideal para vias extremamente negativas e boulders, onde a movimentação e precisão de ponta de pés faz-se necessária. Você realmente sentirá a rocha como se estivesse descalço, com total liberdade de flexão do dedão, obtendo uma precisão incrível.

Stingma – Sapatilha de precisão cirúrgica em vias de reglets e micro agarras. Possui solado firme e aderente, ideal para vias esportivas e boulder.


Em breve nas lojas CASA DE PEDRA – Shoppings Morumbi, Villa Lobos, Vila Olímpia e aqui na Internet.